Pipas são instrumento de ensino da matemática



Conceitos matemáticos ganham vida durante as aulas da ‘Oficina Pipalógica’, desenvolvida com alunos na faixa etária de 7 a 14 anos, da Escola Estadual José Leite de Moraes, em Várzea Grande. Setenta e cinco alunos desenvolvem as atividades de construção de pipas, mas de maneira interdisciplinar.

Animais que correm risco de extinção ou que fazem parte da fauna do pantanal mato-grossense como araras, lobos-guarás, ariranhas, tuiuiús, são ‘alvos’ da oficina. Os estudantes pesquisam, dentro da disciplina de Biologia, sobre os hábitos de cada um dos animais, bem como suas características. Na sequência, produzem textos sobre a questão ambiental. Em um terceiro momento, retratam avaliados nas pipas que constroem.

A atividade é desenvolvida desde 2010. “Pode-se perceber que a concentração dos alunos melhorou significativamente em sala de aula, explica a professora de matemática e monitora da oficina, Maria Joralina. “Eu tenho dificuldades em aprender matemática, mas gosto muito dessa oficina e ainda posso tirar algumas dúvidas das matérias com a professora”, brinca o pequeno Alexandro Mathias, de 12 anos, estudante da 2ª Fase do 3º Ciclo (7ª série).

A oficina Pipalógica é desenvolvida por meio do Programa Mais Educação, que presta atendimento em período integral a cerca de 200 estudantes da unidade escolar. O programa de atendimento a educação integral oferta ainda oficinas de xadrez, dança/música, letramento, matemática, coral, além de oficinas de educação ambiental (reciclagem de jornais e criação de cestas).

Atualmente 125 escolas ofertam a educação integral em Mato Grosso em 17 municípios. Pelo Programa, quem estuda no período matutino fica mais três horas na escola, no período vespertino e vice-versa.



PATRÍCIA NEVES
Assessoria/Seduc-MT